sexta-feira, 29 de abril de 2011

Cresce demanda por mão de obra qualificada

Considerando as interconexões entre educação e trabalho, penso que estes dados sejam interessantes para nossa reflexão coletiva.

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por Secom em 28/04/2011 21:06hs

Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta quinta-feira (28), revela que o Brasil terá ao final do ano 22 milhões de trabalhadores qualificados. Nesta conta, entram os que perderam o emprego por causa da rotatividade (19,3 milhões), os cerca de 2 milhões de desempregados qualificados, mais os 762 mil trabalhadores que entram no mercado já com qualificação e experiência profissional. O estudo prevê que, em 2011, a economia brasileira deve gerar 1,7 milhão de empregos. Mais 19,3 milhões de contratações devem ser feitas em razão da rotatividade no mercado de trabalho. Isso totaliza uma contratação estimada de 21 milhões de trabalhadores.

Outro levantamento divulgado nesta quinta-feira, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), mostra que falta trabalhador qualificado em 89% das 385 empresas da construção civil que participaram da pesquisa. Deste total, 94% reclamam da falta de profissionais "básicos", como pedreiros e serventes, e 56% afirmam que a alta rotatividade dos trabalhadores é uma das principais dificuldades para qualificá-los.

"O forte crescimento da indústria de construção civil nos últimos anos provocou um descompasso entre a oferta e a demanda por trabalhador qualificado. Assim como nos casos da indústria extrativa mineral e de transformação, o principal efeito da falta de trabalhador qualificado na construção civil é sobre a produtividade e a qualidade das obras e serviços", avaliaram a CNI e a CBIC, por meio da sondagem especial realizada sobre o assunto.

De acordo com o Ipea, descontada a demanda por mão de obra da quantidade de trabalhadores qualificados, o levantamento realizado pelo instituto estima um excesso de mais de 1 milhão de trabalhadores. “Quando se contrasta a demanda potencial de mão de obra com a oferta disponível de trabalhadores qualificados e com experiência profissional conclui-se que poderá haver um excesso de mais de 1 milhão de trabalhadores”, informa o estudo.

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